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Vítor Silva
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Rua Moinho de Vento 1, 1.º esq.
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9500-327
Ponta Delgada
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225373300
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Direção Regional da Educação
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[email protected]
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ProSucesso – Açores pela educação - Plano
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01-06-2015
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Vou expor as minhas ideias de forma prosaica já que o tempo para responder foi para mim curto (só recentemente tive conhecimento do projeto e algumas ideias podem ser redundantes ou complementares):
1. Criação de departamentos curriculares (por área(s) curricular(es)) ao nível regional que poderão coordenar estratégias de trabalho, indicar necessidades formativas, definir projetos de inovação pedagógica ou reforçar os já existentes.
2. Mudança de paradigma ao nível da formação contínua dos professores e auxiliares de educação. A autoformação que se quer promover é um passo atrás e é um mecanismo que se esgotará com muita rapidez. Uma escola com necessidades específicas de formação dificilmente poderá recorrer continuamente aos seus quadros de pessoal para ter formação em áreas em que elas próprias têm défice formativo. A formação a distância poderá ser uma forma de reduzir custos e chegar a todas as ilhas pondo em contacto professores origens.
3. Maior ligação ao tecido empresarial e a uma estratégia global de crescimento para os Açores com ligação por exemplo ao mar, às energias renováveis, ao turismo, etc.
4. Criação de um plano regional de cinema.
5. Reforço da educação baseada no trabalho em projetos mais do que em disciplinas estanques e reforço dos clubes escolares nomeadamente em áreas como a programação, a robótica, a ecologia, os novos média.
6. Criação duma rede de canais de TV e rádio escolares.
7. Melhor ligação escola família através do software de gestão de alunos.
8. Ações de formação para as famílias em áreas como a alimentação saudável, economia doméstica, etc.
9. Planos de redução do tabagismo, alcoolismo e drogas em geral. Tendo em conta estudos que têm sido tornado públicos, os índices de consumo destas substâncias na região são alarmantes.
10. Reduzir o tempo de aulas nas disciplinas mais teóricas para tempos de 45 minutos e promover a concretização prática dos conhecimentos adquiridos, nomeadamente através de jogos didáticos, práticas laboratoriais, jogos matemáticos e sobretudo dando condições para os professores criarem projetos interdisciplinares.
11. Acabar com as retenções no ensino básico e reforçar mecanismos de despiste e orientação vocacional, o que não tem de ser sinónimo de facilitismo ou de exclusão social.
12. Dar condições para a criação de salas para práticas oficinais (nomeadamente através de linhas de financiamento para as escolas) perante as exigências dos novos tempos, em áreas como a culinária, ofícios vários, hortofloricultura, etc.
13. Promover a política BYOD (bring your own device), nomeadamente no ensino secundário. A Internet e a utilização de dispositivos eletrónicos é uma realidade, porque não dar espaço aos alunos para poderem usar equipamentos como os smartphones e computadores usando a Internet da escola que muitas vezes lhes é vedada.
14. Criar um sistema de armazenamento de dados online para alunos e professores incluindo formas de criar documentos colaborativos, wikis, etc.
15. Divulgar boas práticas, muitas vezes as escolas só são reconhecidas pelos maus exemplos, como a indisciplina e a violência.
16. Mobilizar as direções regionais para sinergias realmente efetivas com as escolas, o que é proposto no documento orientador é parco e pouco vai além do que já existe. Uma forma de o fazer poderá ser criar cadernos de encargos ao nível educativo para as várias instituições para que operem na área educativa.
17. Criar prémios ou benefícios fiscais para empresas que desenvolvam projetos com as escolas, nomeadamente concursos, projetos, etc.
18. Acabar com as aulas de substituição tal qual existem os alunos passam o tempo nas escolas fechados em salas de aula, os próprios clubes escolares ou espaços de aprendizagem mais abertos podiam aqui ter uma palavra a dizer.
19. Abandonar a política de que basta pôr computadores, projetores multimédia e quadros interativos para as aulas serem "modernas". Estes equipamentos rapidamente se tornam obsoletos e têm reparações caras, para além de aumentarem imenso a conta de electricidade.
20. Remodelar as escolas degradadas sem entrar em projetos faraónicos.
21. Promover a presença de mais que um professor na sala de aula em turmas problemáticas ou com dificuldades. Em vez de assoberbar os docentes com trabalho inútil criar grupos/turma e salas de aula menos estanques que os alunos podem frequentar de acordo com as suas características.
22. O cargo de diretor de turma (DT) deverá ser mais reconhecido e ser menos pesado. Actualmente este cargo tornou-se a batata quente das escolas. Um DT é professor, psicólogo, assistente social, funcionário de secretaria, telefonista e funcionário dos CTT. Muitas destas tarefas podiam ser divididas por vários elementos da comunidade educativa ou até ser feitos automaticamente por software de uso fácil.
23. Acabar com o desperdício no SASE (alunos e famílias recebem indiscriminadamente dinheiro sem qualquer exigência de responsabilidade). É comum refeições, material escolar, equipamento desportivo e outras benesses serem completamente desperdiçados.
24. Combater o lobbie das editoras. A secretaria regional da educação podia criar materiais e manuais digitais ou disponíveis digitalmente, mas com qualidade por equipas multidisciplinares de professores, designers e académicos. Se há disciplinas que dispensam os manuais porque é que isso não acontece com mais disciplinas.
25. Reforçar os SPO e criar projetos de mediação com as famílias.
26. Criar um plano regional de reforço alimentar há alunos e famílias que passam mal e que não têm refeições condignas em tempo de interrupção lectiva.
Na certeza que não há poções mágicas para resolver os vários problemas da Educação e que em torno dela gravitam (muito mais em tempo de vacas magras) há pequenas mudanças que podem fazer toda a diferença.
Estarei disponível para qualquer esclarecimento: [email protected]
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